Desde a compra da Activision Blizzard King, a Microsoft tem tomado uma série de atitudes, no mínimo, questionáveis É impossível não demostrar meu descontentamento com os atos da marca no ano passado e principalmente nesse ano. Porém, para deixar meu ponto limpo, farei uma pequena linha do tempo, demostrando o motivo de considerar a compra da Activison Blizzard King, um dos piores movimentos que a Microsoft já fez.
Expansão e promessa
Phil Spencer é um nome comum de se ver nas discussões sobre Xbox nos últimos tempos. Independente se você gosta ou não dele, é impossível ignorá-lo. Foi ele quem transformou e salvou a divisão inteira da catástrofe completa que foi o lançamento do Xbox One. Porém, a partir da geração Xbox Series X|S, as coisas tem se invertido, com muitos o apontando como o motivo da nova queda da marca.
Vamos olhar especificamente para 2018, pois foi quando a marca Xbox começou a se expandir e adquirir novas empresas para serem seus estúdios internos. A promessa feita ao público era de que novos e melhores jogos exclusivos chegariam em nossas mãos. Enquanto para as empresas era esperada estabilidade financeira e liberdade criativa de criar e entregar novos jogos, sejam grandes ou pequenos através do Xbox Game Pass.
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No entanto, parece que nenhuma das duas promessas estão sendo cumpridas, seja para nós consumidores ou para os próprios estúdios. Em minha visão, existe um motivo simples para isso, a aquisição da Activision Blizzard.
Pior planejamento possível
Em 2021, a Microsoft adquiriu a Zenimax Media por US$ 7.5 bilhões, tornando a divisão Xbox maior, porém ainda rentável. No total, haviam cerca de quatro mil funcionários após a fusão divididos em 23 estúdios diferentes. Essa aquisição tornou possível jogos como Ghostwire: Tokyo e Deathloop chegarem ao Xbox, já que ambos eram exclusivos do Playstation. Além de tornar Starfield exclusivo, ao menos até agora, dos consoles Xbox. A estabilidade dos estúdios parecia estar garantida, e jogos como Hi-Fi RUSH e Pentiment pareciam poder ver a luz do dia sem muitos problemas.
Mas foi aí que a Microsoft deu um passo muito maior do que a própria perna. Em 2022, a companhia anunciou que estaria adquirindo a Activision Blizzard King (ABK). Na época, muitos fãs da marca, assim como eu, comemoraram. Não parecia haver motivos ruins para se opor a esse movimento. Mais jogos no Xbox Game Pass, mais estúdios com estabilidade, mais títulos para podermos jogar e mais lucro para a Big Tech. Tudo parecia lindo, todos estavam felizes… Até a compra ser concretizada.
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Desastre a curto prazo
No momento que a compra foi oficialmente concluída, em meados de 2023, o primeiro problema surgiu. A folha de pagamento da Microsoft, relacionada à divisão Xbox, quase triplicou da noite para o dia. Se antes a divisão tinha cerca de 4,000 funcionários, agora eles teriam quase o triplo disso. Em 2022, a ABK chegou a ter cerca de 13,000 funcionários, embora muitos deles tenham sido demitidos ainda no mesmo ano. A Big Tech teria que lidar com uma folha de salário muito maior do que estava acostumada.
Afirmo por experiência própria, que mesmo em empresa grandes, um aumento repentino na folha de pagamento é algo que muitos consideram extremamente perigoso, principalmente se a empresa tiver varias divisões. Para balancear isso, a empresa muitas vezes precisa realizar cortes.
Em 2024, ao menos para mim, a divisão do Xbox tem tentado de forma desesperada contornar esse erro de planejamento, cometido por eles mesmos. Não apenas lançando jogos exclusivos na plataforma concorrente, algo que dividiu e muito a comunidade, mas também fechando estúdios extremamente talentosos, que teriam muito futuro.
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Já não bastasse as demissões que ocorreram no começo desse ano, a Microsoft anunciou, nesta terça-feira (07), que estará fechando a Tango Gameworks (Hi-Fi Rush e The Evil Within) e a Arkane Austin (Prey e Redfall), além da Alpha Dog Studios e a Roundhouse Games.
Tristes incertezas
Além disso, muitos fãs tem notado que as atitudes ruins da Activision parecem estar sendo absorvidas pelo divisão Xbox e não ao contrário. A realidade é que a primeira vista, essa aquisição é um desastre, seja para os estúdios ou para os fãs. Se no futuro ela trará bons lucros e bons frutos isso ainda não podemos saber. No entanto, a curto prazo esse é o pior movimento da Microsoft desde o lançamento do Xbox One.
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