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Review: Skull and Bones não é o que pensam, e é melhor do que imaginam

Skull and Bones é a aposta da Ubisoft para um jogo de piratas que muitos, à princípio, podem até associar com Sea of Thieves, mas são jogos que se distanciam bastante, principalmente por suas propostas. Coisas que um jogo faz, o outro não, e assim por diante.

Primeiramente, Skull and Bones é um jogo que foca no combate naval. E nisso ele se destaca bastante. O combate naval é muito dinâmico e cheio de ação. Antes de adentrarmos nisso, vamos discutir um pouco sobre a história.

História

Você basicamente é um pirata que fazia parte de uma tripulação. No entanto, o capitão não era muito habilidoso e acabou sendo arrogante demais, levando o barco à destruição. A partir dos destroços, você improvisa uma pequena embarcação e começa sua jornada.

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Imagem: Reprodução/Ubisoft

Essa embarcação improvisada é bastante pequena, mas isso é interessante porque ela também terá funções futuras no jogo. Você pode usá-la para caçar baleias, animais e realizar outras atividades. Assim, mesmo que você consiga fazer upgrades em seus barcos ou construir novos de escala muito maior, as embarcações menores ainda terão sua utilidade, pois o jogo emprega muitas mecânicas interessantes. Vamos agora para a jogabilidade para podermos discutir sobre a construção de embarcações.

Gameplay

A jogabilidade do jogo é focada no combate naval. Você não tem o combate corpo a corpo, assim como em outros jogos. E sinceramente, isso não me incomodou, porque eu já sabia exatamente o que Skull and Bones seria, pelo menos para quem jogou as betas, o que foi o meu caso. Ele sempre teve uma proposta para ser um War Thunder da vida, ou até um World of Tanks, só que com uma pegada MMO. Então o jogo vai ter todas aquelas coisas a nível de conteúdo infinito. Além disso, já temos um planejamento da Ubisoft para mais de um ano de conteúdo de Skull and Bones.

Roadmap de conteúdos para o ano 1. Imagem: Divulgação/Ubisoft

Assim, vemos que o jogo está em boas mãos e que ao longo do tempo muita coisa será adicionada, como foi o caso do Sea of Thieves por exemplo.

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O Sea of Thieves, no seu lançamento, tinha pouco conteúdo e, ao longo dos anos, foi evoluindo. É o que basicamente acontece com a maioria dos MMOs. Até Destiny 1 e 2 também sofreram com isso. Quem é jogador vai saber o que era Destiny 1 antes da The Taken King e após ela. E com o tempo ambos cresceram. Então, para MMOs, eu nem vou entrar nesse ponto em si para a review, porque acho que não vale a pena. E meus amigos, nós sabemos muito bem que se tem uma empresa que continua evoluindo seus jogos e investindo neles, é a Ubisoft. Basta ver o que ela fez com For Honor.

Continuando falando do combate, ele é muito dinâmico. Você tem uma jogabilidade que vai muito mais para a ação do que outros jogos. Então você vai usar desde canhões até morteiros, fogo grego, que são aquelas rajadas de fogo gigantescas, balistas e afins. Há várias opções. Só que também é muito interessante como os navios têm pontos fracos, e atirando nesses pontos fracos pode desencadear um tiro crítico ali, que por sua vez pode habilitar uma opção de jogar molotov no navio inimigo ou dar tiro de mosquetes.

Indo mais além, você constrói o seu navio, podendo fazer certos upgrades que determinadas ações suas podem causar efeitos diferentes. Um exemplo: toda vez que atirar de mosquete no navio adversário, a sua embarcação recupera 8 mil de vida. Existem outras mecânicas que eu coloco ali no meu navio que me faz recuperar a minha estamina mais rápido, ou determinado status vai ter um efeito que vai durar mais tempo, e esse efeito que dura mais tempo pode desencadear outra coisa.

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Use todo o seu armamento disponível para aniquilar seus inimigos. Imagem: Divulgação/Ubisoft

Então você terá todas essas formas de construir essa jogabilidade, o que é muito legal, dando uma variedade bem grande e você terá todo um sistema de builds que não é tão simples, com várias opções e coisas que você pode desbloquear explorando, coisas que você pode desbloquear com eventos globais que vão acontecendo no jogo, tendo assim equipamentos que só são obtidos em situações específicas. Seja em eventos de PvP, ou em eventos PvE globais, ou equipamentos que você já conseguiria melhorando o ranking de infâmia, que é a forma como ocorre a progressão do jogo.

Progressão de ranks

Conforme você vai subindo de nível, mais infâmia você vai ganhando; quanto mais infâmia você tem, mais materiais você desbloqueia e mais o jogo progride para você. É uma progressão relativamente rápida. Cheguei à Infâmia de Chefe, que é a infâmia máxima, em mais ou menos 30 horas de jogo. Atualmente, estou no Chefe 10 e isso continua evoluindo ao longo do tempo. Estou indo para cerca de 50 horas jogadas. Acho que a progressão do Skull and Bones é muito justa, e o que é considerado como “muito” neste jogo, comparado ao que normalmente vemos na indústria, é menos.

Imagem: Xbox Originals

A partir desse sistema de infâmia, você progride em outros setores, porque também acaba desbloqueando o endgame do Skull and Bones ao subir nesse ranking e terminar a campanha. Sim, o jogo tem uma campanha, que pessoalmente me divertiu mais do que imaginei. Ela é simples, mas diverte.

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No endgame, você pode contrabandear desde cana-de-açúcar e rum até ópio e outras coisas. Além disso, você desbloqueia ranks semanais que te recompensam com moedas, dando acesso aos melhores equipamentos e novos sistemas do jogo. Há também o que podemos chamar de “tudo ou nada”, onde você aposta todas as suas economias em um sistema de vale-tudo lutando em PvP. Isso é um modo opcional. Toda forma de conteúdo PvP é opcional. Acho isso até interessante, mas ao mesmo tempo, o jogo oferece uma forma de progredir muito rápida através desses modos contra jogadores. Então, se você quiser, o jogo até incentiva que você participe, mas tem aquele grande aviso: você pode se dar mal.

Progressão de eventos

Em relação aos modos de PvP, um que acho bem legal é o modo de caça ao tesouro. Basicamente, funciona assim: um mapa do tesouro cai no mapa do jogo, mais ou menos em uma área específica. Então, você pega aquele mapa. A pessoa que pega o mapa aparece no radar para todos os jogadores que vão participar do evento. Eles tentarão afundar esse jogador. É basicamente uma corrida para você chegar a um porto específico, desembarcar e desenterrar o tesouro. Uma vez no porto, você está seguro, pois ganhou a corrida. Agora, sua tarefa é encontrar o tesouro. No entanto, durante esse caminho, os jogadores vão tentar te afundar. Se o jogador que está com o mapa afunda, o mapa cai no lugar que o jogador morreu e alguém tem que pegá-lo, e assim por diante. Nesse evento, existe a chance de obter uma das melhores blindagens do jogo.

Blindagem Black Prince é uma das melhores do jogo. Imagem: Reprodução/Reddit

Há outra blindagem muito boa que também é obtida em eventos globais, quando há uma rota internacional de barcos. É basicamente uma frota de navios (preferencialmente ataque as frotas de navios franceses), que você tenta interceptar, destruindo todas as embarcações nela. Obviamente, você saqueia tudo o que os navios derrubam. Após derrotá-los, há a chance de obter essa armadura, que também é uma das melhores. Ela é muito boa, pois toda vez que você regenera sua vida com um kit de reparo, você ganha 35% a mais de defesa. Isso é muito útil durante lutas contra fortes ou outros jogadores.

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Royal Custodian é outra ótima blindagem que pode ser obtida em Skull and Bones. Imagem: Reprodução/Reddit

Falando em fortes, assim como em Sea of Thieves, em que você pode conquistar grandes estruturas em busca de loot e tal, no Skull and Bones também é possível fazer isso. No entanto, o forte é baseado no combate naval. Como funciona? Existem cidades e você decide pilhar uma delas. Quando você chega a essas cidades, enquanto navega com o navio, existe a opção de interagir ou pilhar. Com a opção de interagir, você pode comprar itens daquela cidade, conforme suas necessidades. Dependendo do item que queira fabricar, o jogador precisará de certos materiais, que só podem ser encontrados em pontos específicos do mapa, seja com navios naquela área, ou nas cidades, ou até mesmo nessas rotas internacionais, onde existem itens exclusivos, como vinho. Então, você pode optar por comprar ou tomar à força.

Pilhar a cidade resulta em muito mais saque do que comprando. Você envia parte de sua tripulação para pilhar a cidade, enquanto luta contra ondas de inimigos que estão vindo em sua direção. Você destrói torres e qualquer outra defesa que a cidade tenha, derrotando as ondas de inimigos que vão chegando, o que é extremamente divertido. A cada onda derrotada, recompensas são distribuídas. Conforme você avança, as recompensas melhoram, até chegar à recompensa final, que geralmente inclui materiais lendários. Isso é ótimo, pois muitas vezes são materiais dos quais você precisa.

Além disso, pode incluir mercadorias lendárias, que podem ser vendidas para ganhar muito dinheiro. Dependendo do que você acumulou, pode ganhar até 10, 20 mil pratas vendendo mercadorias. O interessante da venda de mercadorias é que há locais no mapa onde determinados produtos são mais procurados, então podem ser negociados a um preço mais alto. Portanto, é bom ficar atento ao escanear as cidades com o mapa do jogo aberto, que mostrará o que cada cidade precisa. Se você vender lá, aquele produto valerá mais dinheiro naquela cidade. Então, é interessante explorar esse aspecto da economia do jogo.

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O que vale ressaltar também, você pode pilar cidades, outposts menores, e lugares que facções do jogo usam para minerar recursos, sejam árvores, materiais preciosos e etc. Então, cada local de pilhagem terá loots diferentes.

Progressão geral e crafting

Para entrar um pouco mais nesse sistema de economia, como eu mencionei, o crafting é necessário. Há determinadas armas no jogo que você precisará craftar, então o jogo fará uso desse sistema. Você terá a luneta do jogo, que você pode melhorar em três estágios: uma luneta sem zoom, depois ela passa a ter um zoom e, por fim, dois zooms. Isso ajuda bastante, pois com o zoom você pode escanear navios a uma distância maior e saber exatamente o que aquele navio tem.

Imagem: Xbox Originals

Você também terá os canhões do seu navio, suas bombardas, que são como morteiros, só que em menor escala. Além disso, haverá os morteiros, balistas e outras armas, e dependendo do nível delas, você precisará de materiais de crafting melhores. Então, você terá que ir para zonas com inimigos de nível mais alto. A partir daí, começa um jogo de progressão interno: cada equipamento tem um nível, e a soma desses níveis define o nível do seu barco, podendo variar de 1 a 11, que seria o barco mais forte que você pode ter.

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Eu acho bastante divertido, sendo sincero. Eu gostei bastante de como o jogo te incentiva a ir para o combate. No entanto, ao mesmo tempo, você não precisa travar batalhas, caso não queira. O jogo permite que o jogador vá até as cidades e compre os itens necessários. No entanto, se precisar de um item específico (madeira, por exemplo), ao pilhar as cidades, você já vai comprar a tábua dessa madeira. Então, você pode ir a um lugar no mapa onde há a árvore específica que produz essa tábua e começar a colher ao infinito. Quanto maior o nível do seu serrote ou da sua picareta, mais material será coletado.

Quando voltar para um porto, ou uma cidade no caso, você terá uma refinaria, onde poderá refinar os itens adquiridos. A partir daí, os materiais podem ser transformados em outros recursos necessários para evoluir no game.

Então, no final das contas, há várias formas de conseguir aquele material. Seja atacando navios, que podem soltar aquele material, pilhando os portos ou comprando neles, visitando outposts, onde líderes ou contrabandistas podem vender o que você precisa. Quando pegar qualquer canhão ou qualquer coisa que queira craftar, você tem a opção de rastrear o que você precisa no mapa global do jogo, mostrando tudo o que precisa, e o local onde encontrar. Isso é interessante, pois o jogo irá indicar quais são as regiões que você terá que farmar.

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Skull and Bones, de forma geral, pode ser encarado como um Loot Shooter baseado no combate naval.

Surpresinhas

Só que, há certas surpresinhas. Existem criaturas misteriosas? Sim. Existem coisas que não são tecnicamente naturais no jogo? Sim. No entanto, o mundo do Skull and Bones não trata isso como normalidade.

Criaturas marinhas estão presente em Skull and Bones. Imagem: Divulgação/Ubisoft

Encare o mundo do Skull and Bones como se fosse aquele mundo na época da expansão marítima em que você tinha mitos no oceano, como criaturas mitológicas ou qualquer outra coisa. Não era normal. Todos encaravam isso como um tabu. E o mundo do Skull and Bones encara isso desta forma.

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Então, de vez em quando, você vai receber notícias de coisas avistadas em determinadas regiões. Aí você vai lá investigar e desencadeia alguma sidequest ou qualquer outra coisa que, a partir dali, você vai começar a ter acesso aquele tipo de conteúdo.

É interessante porque o mundo tenta explorar o realismo da época. Tanto que, quando começarem as temporadas de conteúdo, eles vão trazer piratas lendários da vida real. Então, em algum momento, pode ter um pirata que você conhece. Pirata da história mesmo. Como, por exemplo, Barba Negra. Estamos falando da figura histórica do Barba Negra em si. Então, como eu disse, é um jogo realmente baseado no mundo que conhecemos e isso é muito legal mesmo.

Considerações finais

A minha análise é baseada na minha experiência. E que, a partir de tudo que foi lido até aqui, dá para ver que ela foi boa. Bem melhor, por exemplo, do que a experiência inicial que tive com Sea of Thieves na época, que me afastou do jogo durante muitos anos, e que hoje tenho centenas de horas.

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Já no Skull and Bones não. Já estou pensando até na primeira temporada que vai acontecer daqui a pouco. Então isso é um ponto relevante, pelo menos para mim. E acho que pode ser relevante para outras pessoas. Porque já tiveram jogos assim. Que muita gente falou mal. Eu cheguei, parei pra jogar e falei, ué, mas eu estou adorando esse jogo.

Então, no final das contas, o Skull and Bones, para mim, é um bom jogo. Me diverti muito sozinho e jogando em co-op também. Estou empolgado pelas temporadas. E estou realmente bastante esperançoso do que esse jogo vai evoluir no futuro, porque sabemos que está em boas mãos. A Ubisoft é a empresa que, mesmo que algum jogo lance de uma forma que o público possa estar preocupado com algo, ou esteja até insatisfeito, ela vai lá e evolui o jogo a longo prazo. É só ver o que ela fez no Ghost Recon Breakpoint. É só ver o que a Ubisoft faz até hoje com o próprio For Honor.

Então, sabemos muito bem que ela é uma empresa que vai se dedicar ao jogo com o passar do tempo. E o jogo ali vai ter a sua base. E acho também que, ao longo do tempo, com o preço desse jogo abaixando, vai ter mais jogadores, porque na minha opinião, nenhum jogo vale 70 dólares. Acho isso um absurdo. Ainda mais para um jogo de serviço.

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Este jogo foi cedido gentilmente pela Ubisoft. A análise foi realizada no Xbox Series X e em um PC Gamer (RTX 4080 e i9)

Skull and Bones
7.5Bom
Descrição
Skull and Bones é um jogo de ação e aventura de 2024 desenvolvido pela Ubisoft Singapore e publicado pela Ubisoft. O jogo gira em torno da pirataria e guerra naval com uma configuração fantástica no leste da África e no sudeste da Ásia durante o final do século XVII, o auge da histórica Era de Ouro da Pirataria.

Positivo

  • Gameplay divertida.
  • Diversidade de builds.
  • Muito loot e progressão que te respeita.
  • Boa performance.

Negativo

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  • Gráficos poderiam ser melhores.
  • Campanha é apenas ok.
  • Estágio inicial de um MMO.
  • Alguns bugs.

4 Comentar

  • Felipe
    Postado fevereiro 23, 2024 às 10:30

    Vendo a review, o jogo realmente me parece melhor do que andam falando. Não pretendo comprar, mas se surgir uma promoção bacana, depois do jogo ter ganhado umas atualizações, acho que animaria de testar

  • Enzo
    Postado fevereiro 25, 2024 às 00:45

    Eu tenho jogado bastante e gostado muito do jogo. E gostei bastante da review. O jogo tem seus problemas, mas é bem divertido. Ótima review, da pra ver que você jogou mesmo o jogo e não criticou só porque não é black flag 2.

  • Rodrigo
    Postado fevereiro 26, 2024 às 22:45

    Para.xbox tá bom , pois quem joga redfail é starflop isso é razoavel

    • Juliano
      Postado fevereiro 29, 2024 às 18:22

      Nem sabia que era exclusivo.

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