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Review | Metaphor: ReFantazio é o amadurecimento brilhante na história da Atlus

Em um novo time de desenvolvimento, a Studio Zero, que possui as mentes criativas dos aclamados jogos Persona 3, Persona 4 e Persona 5, juntamente com a Atlus, chega com Metaphor: ReFantazio. Após 7 anos de desenvolvimento, demonstra ser uma brilhante junção dos jogos anteriores da Atlus e sua maturidade, não só relacionadas a gameplay e escrita, mas também aos temas propostos.

Antes de começarmos, gostaríamos de agradecer o envio da chave pela SEGA, para que esta análise pudesse ser realizada. Sem mais delongas, confira agora uma análise sem spoilers do conteúdo pós demo (apenas conterá imagens pós demo, porém sem contextos), do mais novo jogo da Atlus, jogado no Xbox Series X.

Reprodução: Divulgação / Metaphor: ReFantazio / Atlus / SEGA

História

Metaphor: ReFantazio conta a jornada do “Garoto Viajante” que juntamente com uma fada chamada Gallica, terão a missão de quebrar a maldição afligida ao príncipe perdido do reino de Euchronia, afim de salvar a sua vida e por direito, ser o novo rei, após o assassinato de seu pai.
Com a morte do rei e sem que a população saiba que o príncipe ainda está vivo, é iniciada uma disputa pela coroa. Por meio de uma magia do próprio rei, é estabelecido que qualquer pessoa poderá se tornar o novo “herdeiro”, desde que seja o indivíduo mais popular ao final de um determinado período.

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Reprodução: Divulgação / Metaphor: ReFantazio / Atlus / SEGA

Metaphor é o jogo mais político da Atlus, que traz diversas abordagens e críticas sociais, como hereditariedade, ditadura, democracia, igualdade social, lealdade, religião, e diversos outros aspectos; apresentando uma história cativante, cheia de reviravoltas e na qual eu não conseguia parar de pensar sobre. Podendo ser até mesmo considerada, a melhor já escrita pela desenvolvedora.

Reprodução: Captura de tela durante o jogo

O que mais me chamou atenção em sua história é o livro que o protagonista carrega, no qual lhe foi dado pelo príncipe enquanto ainda eram crianças. Este livro é considerado um romance de fantasia, que conta sobre um mundo em que não há discriminação, e a população vive em completa segurança, obedecendo um sistema de leis. Além disso ele cita tipos de transporte a base de rodas e “torres altas feitas de vidros”. Basicamente uma demonstração sobre o mundo no qual nós, os humanos, vivemos, ou pelo menos no que de fato deveria ser. Uma parte curiosa disso tudo é que no universo em que se passa o game, os monstros enormes que devemos enfrentar, são chamados pelos personagens de “Humanos”.

Reprodução: Captura de tela durante o jogo

Combate, sistema de níveis e seus inimigos

O combate se assemelha aos de Persona em diversos aspectos, mais precisamente o Persona 5, tanto em seu layout, quanto em certas ações e mecânicas. Porém Metaphor melhora, e muito, aquilo que já era excelente. Agora, é adicionado também um combate em tempo real. Antes de entrar em um combate por turnos, o jogador poderá atacar o inimigo em tempo real, podendo quebrar sua defesa, para iniciar o combate com vantagem. Caso você consiga quebrar a defesa, a batalha começará e o inimigo estará com status de atordoamento, que pode durar até 2 turnos. Porém, se o inimigo te acertar, antes que você quebre sua guarda, ele que começará a batalha.

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Reprodução: Divulgação / Persona 5 / Atlus / SEGA
Reprodução: Divulgação / Metaphor: ReFantazio / Atlus / SEGA

Conforme o jogador vence as batalhas, os personagens ganharão XP, fazendo assim com que subam de nível; cada nível lhe dará um ponto de atributo, que você poderá decidir onde colocar. Sendo assim, as opções são:

  • Força – Mais dano físico.
  • Magia – Mais dano mágico.
  • Resistência – Reduzirá o dano recebido pelos ataques inimigos.
  • Agilidade – Maior taxa de acerto de suas habilidades e maior taxa de evasão, para evitar os ataques inimigos.
  • Sorte – Aumenta a chance de receber itens ao fim de uma batalha.

Ao invés dos personagens usarem Personas no combate, aqui é usado os Arquétipos. Suas mecânicas são parecidas e as skills mantiveram-se as mesmas, porém, em Metaphor, o número de arquétipos é bem menor, criando assim um respiro de informações e uma melhor compreensão das funções de cada um. Cada arquétipo segue uma linha; existem arquétipos da linha guerreiros, cavaleiros, magos, comandantes, etc. Mas para que você possa aprender novos arquétipos, é preciso que você maximize o anterior.


Por exemplo: O arquétipo chamado Mago, precisa chegar ao nível máximo (nível 20) para que seja possível estudar o arquétipo do Feiticeiro, que pode apresentar as mesmas habilidades do Mago, porém que causarão mais dano.

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Reprodução: Captura de tela durante o jogo (aprendendo um novo arquétipo)

Agora, falando sobre seus adversários, a variação é alta e cada um com habilidades diferentes, trazendo menos monotonia para as lutas, e maior opções de estratégias. Vale ressaltar que agora é possível você recomeçar uma batalha do zero, permitindo que o jogador não tenha que voltar em um save para tentar novamente.

Reprodução: Captura de tela durante o jogo

O combate de Metaphor é maravilhoso! Apesar de possuir diversas mecânicas, ele é simples e convidativo a novos jogadores que queiram conhecer os jogos da Atlus, mas principalmente à aqueles que não estão acostumados com jogos em turno, tornando assim uma ótima porta de entrada.

Direção de arte e Interface

Para cada ação, uma arte diferente. Quer ir para a parte de técnicas? Uma arte diferente. Quer ir pra parte de grupos? Uma arte diferente. Quer ir pra outra região do mapa? Uma arte diferente. Eu não estou exagerando quando digo que Metaphor possui, para mim, o menu mais bonito dos videogames. Além do deslumbre visual, ele é preciso e simples de mexer.

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Algo que não vejo ser muito discutido, é como um menu extremamente agradável e simples, consegue melhorar a experiência de forma considerável. É uma sensação diferente, é algo mais completo. O capricho chama a atenção, e aqui, isso tem de sobra.

Reprodução: Captura de tela durante o jogo (Menu)
Reprodução: Captura de tela durante o jogo

Personagens, relacionamentos e o mundo

Os social links estão muito melhores aqui, com histórias e aumento de progresso mais rápidos e diretos; não obrigando o jogador a passar tempo com os companheiros apenas para aumentar seus pontos de vínculos para prosseguir. Aqui, para poder continuar os social links, o personagem só precisa aprimorar suas virtudes, e após isso, será possível prosseguir o relacionamento com um personagem.

As virtudes presentes no jogo são:

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  • Coragem
  • Sabedoria
  • Tolerância
  • Eloquência
  • Imaginação

Cada uma pode ser aprimorada até o nível 5 (alguns vínculos exigem que essas virtudes estejam no nível máximo para prosseguir).

Um dos social links que mais me chamou atenção (sem spoilers principais) e que me tocou, foi um que retrata a paternidade, e que não só considero o melhor social link do game, como também o melhor personagem com quem podemos nos relacionar.

Reprodução: Divulgação / Metaphor: ReFantazio / Atlus / SEGA

O mundo de Metaphor é o mais bem construído na história da Atlus. Não só é o mais belo em seus visuais, como nas cidades em que o jogo se passa e suas incríveis paisagens que podem ser encontradas durante suas viagens. Conforme a história avança, o mundo passa por mudanças, decorrente das suas ações e da população.

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Reprodução: Captura de tela durante o jogo
Reprodução: Captura de tela durante o jogo

Masmorras

Esse é um dos pontos altos do jogo. Tanto as masmorras principais, quanto as secundárias, apresentam mais variedade, seja em seus cenários, tamanhos e inimigos que o jogador irá encontrar. Diferentemente do que já conhecemos em jogos anteriores, as masmorras principais apresentam um tamanho consideravelmente maior e com maior variedade de cenários dentro das mesmas, mas ainda com mecânicas bem similares em todas elas, podendo se tornar algo repetitivo para alguns jogadores. No meu caso, não tive problemas com isso. Pois mesmo que haja repetição, eu consegui me divertir e imergir dentro daquele mundo.

Reprodução: Captura de tela durante o jogo

Trilha sonora

Assim como todas as trilhas sonoras produzidas pela Atlus em seus jogos, Metaphor mantém a excelência, seja com músicas apenas instrumentais, ou cantadas, que se encaixam perfeitamente na história, cenários, combate, relacionamentos e etc. Fiquei impressionado com trechos cantados nas músicas. Pois é mantido um ritmo similar em suas músicas principais, que não atrapalham a experiência, e algumas delas com direito até a canto coral.

Apesar da qualidade, não há uma grande variedade de faixas de música, fazendo com que elas se repitam com frequência e em diversas situações.

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Metaphor: ReFantazio e Persona 5

Reprodução: Divulgação / Metaphor: ReFantazio / Atlus / SEGA

Diferente de Persona 5, vemos uma maior presença de cutscenes (em anime) ao longo do jogo e, também, Metaphor é mais direto ao que veio, trazendo seu primeiro combate, com diversas mecânicas, em menos de 1 hora de jogo. Além disso, apresenta mais carisma para o protagonista, já que agora ele tem falas, e carrega uma maior variedade de cenários em um curto espaço de tempo. Além disso, agora, todos os personagens poderão trocar seus arquétipos, tornando assim um game que oferece uma maior variedade de builds.
Infelizmente assim como em Persona, ele possui o mesmo erro dos diálogos serem extremamente expositivos e repetir as mesmas coisas várias vezes.

Problemas

Por mais que Metaphor: ReFantazio seja um excelente jogo, ele não está isento de defeitos. Infelizmente a performance do game deixa a desejar, como a presença de stuttering nas cidades.
Me ocorreu uma situação muito chata algumas vezes, que foi a seguinte: eu costumo salvar manualmente com frequência para não perder progresso, e em certos momentos que eu salvava, ao mesmo tempo em que o jogo fazia o salvamento automático, o jogo travava, me obrigando a fechar o game e abrir de novo. Porém quando o jogo abria, a tela ficava preta, apenas transmitindo o som, me forçando a reiniciar o console.
Como já citado anteriormente, os diálogos extremamente expositivos e repetitivos também incomodam, além da repetitividade presente na trilha sonora.

Conclusão

Metaphor: ReFantazio apresenta uma história cativante, melhorias em seu combate, melhores histórias para seus personagens e uma ótima trilha sonora. E que mesmo com seus problemas, minha experiência foi extremamente satisfatória, se tornando o meu jogo do ano, porém, mais importante do que isso, se configura como um dos melhores jogos da Atlus!

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Metaphor: ReFantazio
9.0Excelente
Descrição
Metaphor: ReFantazio junta tudo aquilo que a Atlus faz de melhor, em uma história rica e inteligente, combate incrível e muito mais!

Positivo

  • História
  • Personagens
  • Combate
  • Direção de arte

Negativo

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  • Textos muito expositivos
  • Otimização fraca

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