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Review: Starfield é a síntese daquilo que a Bethesda representa

A E3 2018 foi inesquecível, sem dúvidas. Existem inúmeros títulos que podemos citar, mas nesse evento a Bethesda Game Studios anunciou The Elder Scrolls VI e também sua nova IP em mais de 25 anos, uma nova aventura nas estrelas: Starfield. O projeto foi apresentado com um teaser tímido que mostrou apenas uma estação estelar orbitando um planeta, uma espécie de distorção no espaço e uma logo. Sem maiores informações sobre quando seria lançado e sequer sobre o que se tratava o jogo, foram alguns anos de espera e ansiedade.

Em setembro de 2020, as chamas se reacenderam: a Microsoft anunciava sua intenção para para adquirir em totalidade a Zenimax Media, empresa-mãe da Bethesda. A partir dali, o debate sobre a exclusividade do título foi constante, mesmo após a finalização do processo e a confirmação que seria um título exclusivo durante o Xbox Game Showcase de 2021. Ali, o jogo começou sua jornada para se tornar um dos bastiões da geração Xbox Series X|S e o principal advento da união entre as duas empresas.

Mesmo tendo sempre sido conhecida por grandes RPGs, a Bethesda se viu em um cenário onde surgiram comparações pouco fundamentadas sobre Starfield com outros jogos de temática semelhante, como No Man’s Sky, algo que era frequentemente negado pela desenvolvedora, visto que a proposta de ambos é bastante divergente. Essas e outras discussões foram cessadas após o Starfield Direct em junho desse ano, em uma apresentação de cerca de 40 minutos mergulhando em conceitos e finalmente mostrando mais sobre do que se tratava a obra.

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Mas, enfim, aqui estamos. Afinal, o título é realmente digno das principais obras da Bethesda, como Fallout 4 e The Elder Scrolls V: Skyrim? Após jogar mais de 100 horas e terminar a história principal duas vezes, explorando missões de companheiros, principais facções e demais secundárias, aqui vai a minha análise para responder essa pergunta.

Enredo

Imagem: Starfield

O enredo de Starfield é sobre uma jornada de descobrimento e exploração ao redor de nossa galáxia, algo que remete ao instinto ambíguo do ser humano de almejar e temer o novo.

Inicialmente, você é um minerador contratado pela Argos Extractors para trabalhar na Lua de Vectera, situada no Sistema Nárion, e seu papel é extrair uma anomalia presente na mina. No entanto, isso tratava-se de um artefato alienígena que lhe entrega uma visão de algo misterioso e além de sua compreensão. A história começa aí e tenho que dizer que é intrigante.

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Geralmente, a missão principal é o calcanhar de Aquiles dos jogos da Bethesda, mas não é o caso aqui. A narrativa de Starfield é a melhor já feita pelo estúdio e vai crescendo exponencialmente ao longo da jornada. É bem diferente de uma busca de um pai por um filho (ou vice-versa) ou de um Dragonborn destinado a matar um dragão destruidor de mundos, e sim sobre tornar-se algo além e descobrir os mistérios que circundam nossa galáxia, de forma a organizar uma procura por outros artefatos e templos. Não quero dar muitos spoilers por aqui, mas é fascinante a forma como a Bethesda guia o jogador pela história e cria personagens incríveis para te manter intrigado ao longo de sua campanha, livre de clichês presentes em jogos anteriores da desenvolvedora.

Customização de Personagem

Imagem: Starfield

A customização de personagens em Starfield é profunda e você vai perder um bom tempo criando o seu. É a melhor da Bethesda e traz de volta alguns elementos de The Elder Scrolls IV: Oblivion.

Existem múltiplas opções para personalizar a aparência do personagem e você pode basicamente criá-lo do jeito que quiser. Mas sem dúvidas, a parte mais interessante da customização de personagem é a escolha de histórico e atributos.

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O histórico trata-se de uma escolha de classe inicial, basicamente. É uma forma de contar quem é seu personagem nessa enorme galáxia e existem várias como “diplomata”, “professor”, “ronin”, todas com descrições únicas e habilidades iniciais. A minha escolha foi a de “caça-recompensas”, que além de introduzir um passado para o meu personagem, me garantiu as habilidades para usar jetpacks e o sistema de mira e propulsores nos combates espaciais.

Os atributos dão certos benefícios em troca de malefícios, mas são ótimos mesmo com o revés do bônus, pois agregam muito ao aspecto de roleplay e ajudam a definir ainda mais quem você quer ser nesse universo. Existe um atributo chamado “Família Unida” onde você tem pais e você pode visitar a casa deles e conversar com eles, mas terá que dar 2% da sua renda para eles. Outro bom (e engraçado) exemplo disso é o atributo “Ícone Adorado”, que lhe concede um fã. Sim, aquele cara chato e insuportável de Oblivion está de volta em Starfield e pode ser um dos seus companheiros se conseguir aturá-lo. E ele te dará presentes!

Imagem: Starfield/Xbox Originals

E escolhi o “Cabeça-a-Prêmio”, que fez meu personagem  estar sempre sendo alvejado por outros caçadores, e “Pioneirismo Freestar”, que disponibilizou diálogos novos e recompensas ao interagir com a facção da Confederação Freestar, mas tive minha recompensa aumentada no atributo anterior e teria ainda mais problemas caso fosse procurado por outras facções, como a Vanguarda da União das Colônias ou a Frota Escarlate.

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Os atributos são opcionais e você pode se livrar de algum que já tenha escolhido com NPCs específicos dentro do jogo, caso se arrependa.

Jogabilidade

Imagem: Starfield

Starfield teve aprimoramentos em comparação ao Fallout 4, especialmente no quesito gunplay, mas ainda assim é a jogabilidade padrão da Bethesda. As armas dividem-se em balísticas, lasers e eletromagnéticas, esta última que é não-letal e trata-se de uma opção para o combate furtivo. Elas têm um certo grau de raridade e quanto mais alta for, mais habilidades e modificações ela terá. Há armamentos corpo-a-corpo assim como em qualquer jogo do estúdio. O combate de forma geral é satisfatório e agradável, com disparos à distância que afetam os inimigos de diferentes formas (por exemplo, ao atirar na perna de um pirata, ele ficará debilitado por um momento) e usos variados da mochila à jato para movimentar-se e causar dano, tudo isso somado à um excelente design de áudio das armas.

Além disso, é preciso destacar o sistema de progressão do jogo, no qual você deve realizar certas atividades para alcançar níveis avançados das habilidades, que possuem quatro níveis. Em suma, consiste em um sistema que faz uma boa mistura entre os sistemas de progressão de Skyrim e Fallout 4, de forma que, por exemplo, para melhorar o nível da habilidade de persuasão, eu preciso antes usá-la um número de vezes e completar desafios.

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Imagem: Starfield

O sistema de diálogos de Starfield representa uma evolução e ao mesmo tempo um retorno inspirado nos clássicos (e magníficos) Fallout 3 e The Elder Scrolls IV: Oblivion, o que é muito bom. Seu protagonista é mudo e isso auxilia para a maior imersão presente no aspecto RPG do jogo. 

Você pode customizar suas armas e armaduras assim como em Fallout 4, algo que é mais facilitado pela mineração e, ao mesmo tempo, dificultado por grande parte das modificações serem desbloqueadas na estação de pesquisa, onde cada modificação é desbloqueada a partir de estudos feitos usando recursos específicos. Além disso, seu personagem pode correr, pular, dar slide, agachar e até mesmo ficar debilitado com certas condições, como por exemplo, um membro deslocado. No entanto, boa parte dessas ações dependem da sua “stamina”, que no jogo é representada pelos níveis de oxigênio (O²) e gás carbônico (CO²) e podem variar de acordo com a gravidade do planeta ou lua em que você está.

Imagem: Starfield/Xbox Originals

Em Akila, a gravidade equivale a 1.53, logo seu pulo será mais curto e objetos arremessados terão uma trajetória mais curvilínea, por exemplo. Caso esteja em uma localização de gravidade próxima ao zero, como a Lua, o pulo será muito maior, objetos arremessados terão uma trajetória mais retilínea e as balas disparadas irão ficar flutuando ao saírem do pente.

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Exploração

Imagem: Starfield

A exploração de Starfield é uma faca de dois gumes. Ela é praticamente infinita, mas os conteúdos feitos a mão ficam praticamente restritos à certos sistemas galácticos como o Sistema Solar e Alfa Centauri.

Há muito (e muito mesmo) conteúdo no jogo e isso varia entre missões secundárias, missões de facções, atividades miscelâneas, contratos e algumas atividades procedurais (estas que são disponibilizadas em terminais de contratos e relacionam-se a serviço de entrega), caça-recompensas, escaneamento de planetas e luas e muito mais. É uma quantidade absurda do que se fazer e os fãs da Bethesda vão amar esse exagero. Além disso, você pode encontrar vistas lindíssimas, locais interessantes e missões inusitadas ao ficar explorando ao redor da galáxia.

Imagem: Starfield

Infelizmente, boa parte de toda essa exploração é feita de forma inorgânica, o que contrapõe o sentimento de “ir onde a vida me levar” presente em títulos anteriores do estúdio. E o conteúdo presente nos planetas secundários, em sua maioria, são procedurais e estão numa localização bem distante do jogador, logo, a inclusão de algum método mais veloz de locomoção além da mochila a jato (como um veículo lunar) seriam de grande ajudar para facilitar a imersão nesse aspecto do jogo.

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Naves, exploração e combate espacial

Imagem: Starfield

O sistema de criação de naves em Starfield é interessante e complexo. Para quem gosta de perder horas customizando, existem diversas maneiras de se divertir por aqui. Praticamente tudo na nave é personalizável e tanto o formato quanto o interior da sua nave muda dependendo dos módulos que você colocar, mas não é possível customizar os móveis do interior da sua nave. Existem módulos obrigatórios, como motores, alojamentos para a tripulação, cabine de comando e os motores gravitacionais. As possibilidades são praticamente infinitas e alguns jogadores já conseguiram até recriar naves icônicas da cultura pop.

Sim, esta é a ilustre e magnífica Millenium Falcon em Starfield.

Imagem: Starfield/Reddit

É importante ressaltar que a customização de naves é completamente opcional em Starfield. Caso não queira se aprofundar nessa mecânica, você pode apenas comprar naves variadas nas lojas por um preço que varia entre 60 e 300 mil créditos. Você também pode roubar naves de diferentes formas, desde aquelas que aleatoriamente pousam nos planetas e luas que você visita ou até mesmo no espaço, destruindo os motores do alvo e acoplando para uma abordagem. Porém, naves roubadas precisam ser registradas por uma certa quantia nos engenheiros que ficam nas áreas de pouso caso você queira customizá-las.

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O combate espacial baseia-se numa distribuição dos pontos de energia gerados pelo seu reator para as armas, motores, escudos e para o motor gravitacional. Com a distribuição feita, controlar a nave e entrar em combate torna-se algo bem simples e depende exclusivamente de suas habilidades.

A exploração espacial é enriquecida por eventos aleatórios que ocorrem nas órbitas dos planetas, como tropas da UC ou Freestar lutando contra contrabandistas da Frota Escarlate; um piloto cantando uma música de pirata enquanto viaja e até um cara enchendo o seu saco tentando te vender um seguro.

A Bethesda acertou em cheio em todos esses sistemas, são divertidos e você vai ficar horas e horas explorando o espaço ou construindo naves dos formatos mais malucos possíveis. A minha única crítica é em relação à ausência de customização do ambiente interno da nave, que é também a nossa casa por boa parte da aventura.

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Facções

Imagem: Starfield

Existem quatro facções principais no jogo, cada uma com a sua própria história e uma respectiva linha de missão.

Vanguarda (União das Colônias)

A Vanguarda é uma divisão especial e voluntária do exército da União das Colônias, onde os jogadores podem executar missões em troca de recompensas de patente e até ganhar sua cidadania oficial nos Sistemas sob o comando da UC: Alfa Centauri, Sol e Wolf.

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As missões da Vanguarda consistem na ameaça dos terromorfos, um perigo ainda incompreendido na galáxia e que surge de forma inesperada em colônias planetárias após cerca de 70 anos.

As missões são tão interessantes que poderiam até compor a missão principal do jogo, visto que o perigo dessas criaturas é gigantesco e envolve certas questões relacionadas à Guerra das Colônias. No geral, gostei da abordagem em volta do mistério (com tons Lovecraftianos) e no sentimento de que todos estão em perigo. Além de tudo isso, é durante essas missões que você pode conseguir uma das melhores (e mais bonitas) armaduras de todo o jogo.

Confederação Freestar

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Neste cenário disruptivo de faroeste e governo descentralizado, é onde a patrulha da Freestar se insere como uma espécie de polícia formada por cowboys, destinados a trazer justiça e ordem aos locais administrados pela Confederação Freestar. Em resumo, você torna-se um suplente da facção e deve atuar na investigação de um crime envolvendo os remanescentes da 1° divisão do antigo exército da Guerra das Colônias, algo que te leva a descobrir alguns dos podres por trás da administração governamental.

As missões da Freestar são as mais fracas dos quatro conjuntos de facções, por mais que sejam de boa qualidade. O enredo é um pouco batido e acaba sendo previsível nos momentos de surpresa. Existe um “vai e volta” que pode perder o jogador, mas recomendo fortemente terminarem a missão pois a recompensa final é uma das melhores naves do jogo.

Indústrias Ryujin

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Instaladas na cidade de Neon, caracterizada pelos seus aspectos de corporativismo e alta criminalidade, as Indústrias Ryujin tratam-se da maior corporação dos Sistemas Colonizados, possuindo um enorme poderio em suas mãos. Nessa narrativa, você torna-se um agente corporativo da empresa e tem o papel de “mexer os pauzinhos” em benefício dela, envolvendo suborno, roubo de dados confidenciais, assassinato de pessoas importantes e muita persuasão, tudo isso envolvido em muita furtividade.

As missões da Ryujin são um prato cheio para qualquer fã do gênero Immersive Sim: você tem liberdade para escolher a abordagem que quiser. Não é tão profundo como em jogos especializados nesse aspecto, mas não fica para trás. No meu caso, escolhi uma abordagem mais furtiva, e apesar do meu personagem não ter nenhuma habilidade relacionada a esse elemento, consegui passar agindo silenciosamente pela maior parte do tempo. Você também pode fazer um estardalhaço e partir para o tudo ou nada, mas o seu pagamento na conclusão das missões é deduzido, o que faz todo o sentindo levando em conta a temática desse segmento de missões.

Frota Escarlate

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A Frota Escarlate é uma organização de piratas e contrabandistas espaciais presente ao redor dos Sistemas Colonizados. Em virtude disso, ao unir-se a ela, você libera um leque novo de possibilidades, como serviços de assassinato, roubo e contrabando.

As missões da Frota são incríveis e também possuem um certo clima de espionagem, já que uma das suas possibilidades de início é relacionado a DefSis (o “FBI” da União das Colônias), misturado à busca de uma lenda e companheirismo caso se dedique aos membros da facção e ao seu objetivo. É a melhor facção das quatro existentes do jogo, com personagens carismáticos e diversas missões interessantes.

Companhias

Imagem: Starfield

Starfield possui 26 companhias e você pode encontrá-los em diversos lugares, principalmente nos bares de grandes cidades. Vamos falar sobre os principais do jogo, que também são membros importantes da Constelação: Sarah, Andreja, Barrett e Sam.

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Estes quatro são os melhores personagens de companhia que a Bethesda já fez, todos são muito carismáticos e são os únicos no jogo os quais você pode aprofundar o seu relacionamento íntimo. Cada um tem sua própria personalidade e, quando algum deles estiverem com você, vão sempre palpitar em assuntos que aparecerem durante suas aventuras. Você pode até escolher (quando possível) para que eles respondam uma opção de diálogo por você. Além disso, eles conversam entre si quando estão na sua nave e os diálogos são ótimos, assim como suas missões específicas.

Apesar de carismáticos, um problema comum a eles é que trazem quase uma obrigatoriedade ao jogador para ser alguém de boa índole, portanto uma rota mais maléfica e voltada à Frota Escarlate, por exemplo, é considerada ruim e não é recomendado fazer com algum deles por perto. Seria interessante se a Bethesda tivesse colocado alguns tons de cinza nos personagens, com linhas mais complexas de pensamento e não unificadas de forma direcional.

Aspectos técnicos, gráficos e trilha sonora

Imagem: Starfield

Como destacamos em nossa análise técnica sobre a performance no Xbox Series S (onde joguei), Starfield roda a 1440P com uso do AMD FSR 2.0 para permitir uma experiência agradável mesmo aos 30FPS, que são estáveis na maior parte do tempo. Além disso, ele conta com um sistema de iluminação lindíssimo e uma física impressionante, onde cada objeto é totalmente interativo nos cenários e possuem seu próprio comportamento, reagindo de acordo com a gravidade específica de cada ambiente.

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A qualidade das texturas é ótima, mas as expressões faciais, apesar de serem decentes a apresentarem certa evolução em relação aos títulos anteriores do estúdio, continuam defasadas se comparadas a outros jogos do gênero, como o recente Baldur’s Gate 3 ou até mesmo The Witcher 3, um jogo de 2015. Isso provavelmente resulta do baixo emprego de Motion Capture durante o desenvolvimento do jogo.

Imagem: Starfield

No entanto, como era de se esperar da Bethesda, tive alguns defeitos graves em minha experiência, como delay de renderização, inúmeros crashes (talvez aqui haja alguma influência do Quick Resume, já que também foi algo constante jogando Fallout 4 no console). A inteligência (ou burrice) artificial continua sendo um ponto negativo nos jogos da Bethesda, mas isso acabou sendo ofuscado pelos pontos positivos do jogo e não me incomodou.

A Creation Engine 2 é claramente uma evolução do motor gráfico empregado nos jogos do estúdio desde The Elder Scrolls III: Morrowind. Mas o número excessivo de telas de carregamento (talvez o maior defeito de todo o jogo), provavelmente é um revés desse aperfeiçoamento. Por exemplo: você pousa em Nova Atlântida, vai para o distrito do TAMC e depois para a guarida. Existem quatro telas de carregamento entre esses destinos, assim repartindo a imersão presente no universo de Starfield e criando um sentimento monótono em razão dos carregamentos, por mais que sejam ligeiramente rápidos. Isso tudo em uma nova geração que, em teoria, deveria “extinguir” esses problemas devido à presença de SSD nos consoles.

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Imagem: Starfield/Xbox Originals

Existem muitos elementos incríveis em Starfield como direção de arte e sonoplastia, mas a trilha sonora é um dos seus pontos mais altos. Ao mesmo tempo que me lembra os trabalhos anteriores do artista (Inon Zur), traz um tom totalmente novo envolto em mistério, magia e exploração, despertando a sensação de necessidade de descobrir o que há na imensidão do espaço. A trilha complementa os gráficos incríveis do jogo, com paisagens incríveis e de tirar o fôlego. É o jogo mais bonito que a Bethesda já fez.

Novo Jogo+

Imagem: Starfield

Não quero dar muitos detalhes sobre o NG+ de Starfield devido aos spoilers envolvidos, mas a Bethesda fez algo que consegue ser canônico e coerente com a narrativa. É inovador e surpreendente, recomendo fortemente a todos que deem uma chance ao modo logo após terminar o jogo pela primeira vez.

Vale a pena?

Imagem: Starfield

Apesar de seus defeitos como o excesso de telas de carregamento e sua exploração ser pouco orgânica quando comparada à Skyrim e Fallout 4, Starfield tem algo que muitos jogos ultimamente não possuem: alma. É o epílogo da ideia que perdurou ao longo de 25 anos na cabeça de Todd Howard, considerada por ele como seu sonho de infância e inspirada em obras como 2001: Uma Odisseia no Espaço, Interestelar, Tropas Estelares e, como ele já afirmou em entrevistas, Star Wars.

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Os pontos positivos do jogo são tantos que facilmente ofuscaram os negativos. Foi uma experiência incrível e a Bethesda fez um ótimo trabalho. 

Starfield é o melhor jogo da Bethesda e estabelece um novo patamar para os jogos do Xbox e, por isso, considero o título uma síntese do que a desenvolvedora representa, agora e no futuro.

Starfield foi cedido pela Bethesda Brasil para análise.

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Starfield
9.0Excelente
Descrição
Starfield é sobre uma jornada de descobrimento e exploração ao redor de nossa galáxia, algo que remete ao instinto ambíguo do ser humano de almejar e temer o novo.

Positivo

  • Excelente história principal
  • Gameplay divertida, dinâmica e um avanço em relação à Fallout 4
  • Ótimo sistema de construção de naves e combate espacial
  • Facções, locais e companheiros memoráveis
  • Maior profundidade no sistema de RPG em comparação aos outros jogos da Bethesda, mas ainda se mantém acessível
  • Trilha sonora
  • New Game+ inovador e incrível

Negativo

  • Muitas telas de carregamento e crashes constantes
  • Exploração inorgânica e inferior se comparada aos jogos anteriores da empresa
  • Falta de um mapa local mais detalhado em regiões importantes, como em Nova Atlântida
  • Inteligência artificial

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