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Review: Suicide Squad: Kill the Justice League está abaixo de outros títulos da Rocksteady, mas diverte

A Rocksteady é conhecida por ter feito experiências incríveis do nosso morcego. A trilogia Arkham é, sem dúvidas, uma das melhores trilogias da história dos jogos. É natural que a expectativa fosse bem grande para o próximo jogo da desenvolvedora, mas os fãs levaram um belo choque com o anúncio de Suicide Squad: Kill the Justice League (KTJL), sua nova tentativa no mercado de “jogos como serviço” (GAAS).

O lançamento do jogo é marcado por polêmicas, desde o começo. Os fãs não gostaram da ideia e tenho que admitir, também fui contra a existência do jogo. Suicide Squad: KTJL não é o jogo que eu queria da Rocksteady, mas me surpreendi com o título. Na análise de hoje, vou falar um pouco dos pontos positivos e dos pontos negativos do novo título da Rocksteady.

Enredo

A história de Suicide Squad: KTJL é provavelmente o seu ponto mais forte. O jogo é muito engraçado e tem quatro personagens muito carismáticos, todos com presenças de tela muito boas. Pistoleiro, Arlequina, Capitão Bumerangue e Tubarão-Rei formam o esquadrão suicida e a química entre eles é surreal. É uma experiência muito divertida, desde ver as brigas, piadas e até momentos de amizade entre o esquadrão.

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Um extraterrestre e famoso vilão do Superman, Brainiac, invadiu a terra e dominou a Liga da Justiça inteira (ou quase inteira). Amanda Waller fica sem opções e vai até o Asilo Arkham para conversar com os nossos quatro detentos e dá a eles uma missão: matar a Liga da Justiça e salvar Metrópolis de Brainiac. Todos os membros do esquadrão suicida têm seu ponto de destaque na história com quase todos eles tendo uma rixa com cada um dos membros da liga. Existem também diversos personagens secundários no jogo como Rick Flag e Lex Luthor. O jogo também é bastante visceral, com muitos palavrões e sangue.  A história principal é ótima e com um excelente ritmo, diálogos excepcionais e vários momentos de alívio cômico.

Jogabilidade

A jogabilidade é ótima. O tiroteio é muito divertido, a movimentação é bem dinâmica, você vai voar, andar, correr e pular várias vezes (principalmente em combate). Me lembrou até Sunset Overdrive, um pouco. É menos pesado do que na trilogia Arkham, o que é ótimo porque combina com o estilo do jogo. A questão aqui é que tudo funciona muito bem. Eu não tenho muito o que reclamar da parte técnica, porque é realmente tudo muito excelente.

O jogo é bastante repetitivo no design de missões, é praticamente inexistente e não tem muita variedade. Isso é um defeito enorme do jogo, porém, a jogabilidade funciona muito bem e acabou que eu não me incomodei tanto quanto devia com o design delas, mas talvez possa te incomodar. São quatro árvores de jogabilidade que, sinceramente, não senti que estava mudando muita coisa. O loot do jogo é muito bom, com uma ótima variedade de armas e com uma boa diferença entre a maioria.

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Os gráficos são excelentes, os modelos de personagens estão entre os melhores que eu já vi. A Rocksteady se superou e as expressões faciais estão incríveis. Como eu disse, esse jogo tem muita qualidade na parte técnica, apesar de falhar em alguns elementos de game design. A direção de arte é muito boa e eu tenho que destacar como Metrópolis é uma cidade incrível. Não é tão incrível quanto Gotham City de Arkham Knight, mas é muito bem-feita.

Pena que uma Metrópolis tão incrível, tenha um mundo aberto tão morto e sem graça. O mundo aberto é repleto de eventos para você jogar e ganhar XP, loots e colecionáveis (sim, as charadas estão de volta). O padrão que a Rocksteady elevou com ela mesmo com os jogos do Batman foram altos e Suicide Squad não alcança isso de jeito algum. Arkham City tem um mundo aberto incrível, com easter eggs e missões secundárias fantásticas. Houve pouca tentativa de fazer algo do mesmo nível, acredito. Em termos de música, a trilha sonora não tem nada demais, não se destaca muito, apenas quando algumas músicas da trilogia Arkham marcam presença. O áudio é muito bom, com ótimos efeitos sonoros que fazem diferença na hora da jogabilidade e a localização está ótima.

Poderia ter sido muito mais…

Eu gostei de Suicide Squad: KTJL. O jogo, no geral, está longe de ser ótimo, mas também está longe de ser horrível ou ruim. A escolha e ganância em fazer um GAAS é um dos principais motivos, com a Rocksteady sacrificando boa parte do seu game design e seu foco em mostrar do que eles são capazes. O jogo é feito para tirar dinheiro, apenas isso. Eles têm muita coisa planejada para o jogo, com várias temporadas, eventos e a história vai continuar através delas.

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A questão é que esse jogo sempre será um “e se?”. Tinha potencial para ser muito mais do que é. A Rocksteady podia ter explorado muitos caminhos em um jogo autoral deles, sem toda a ganância de um GAAS por trás.

É um bom jogo, que tem pouco a te oferecer em comparação a outras experiências do estúdio, mas que pode te divertir com a boa jogabilidade e a ótima história. Não é um jogo que vai agradar a todos os fãs de longa data da Rocksteady e que vai ser lembrado, sim, como uma decepção na história do estúdio.

Este jogo foi cedido gentilmente pela Warner Games Brasil e foi jogado no Xbox Series X.

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Suicide Squad: Kill the Justice League
7.0Bom
Descrição
O novo e polêmico título da Rocksteady chega com acertos e erros, mas diverte com seu humor e ótima jogabilidade!

Positivo

  • Ótima história com ótimos personagens
  • A jogabilidade é muito boa
  • Bons loots
  • Gráficos excelentes
  • Metrópolis é visualmente incrível

Negativo

  • O design de missões é inexistente
  • A decisão de tornar SS um GAAS prejudicou muitos elementos de game design da Rocksteady
  • O mundo aberto é fraco, com pouca criatividade
  • A árvore de habilidades poderia ser melhor com mais variação no gameplay

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