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Review: Prince of Persia: The Lost Crown é o retorno triunfal da franquia


Após 14 anos sem receber um novo jogo da franquia, Prince of Persia: The Lost Crown tenta trazer uma mistura do que representa a saga entre o jogo original 2D de 1989 e o seu auge nos jogos em 3D.  Prometendo revitalizar a saga, o novo título traz uma nova fórmula pegando o estilo de ação e aventura com uma estrutura de “Metroidvania”. The Lost Crown acerta em cheio nessa combinação, e mesmo ainda em janeiro, o jogo certamente estará entre os melhores lançamentos de 2024.

Enredo

Desenvolvido pela Ubisoft Montpellier, criadora de grandes títulos aclamados como Rayman Origins e Legends, o jogo conta a história em um novo capítulo de Prince of Persia. Logo no início, um grupo de guerreiros nomeados de Imortais são enviados pela Rainha Thomyris ao Monte Qaf para uma missão de resgate do Princípe Ghassan que havia sido sequestrado, porém, ao chegar no local, percebem que o tempo não funciona como deveria e, a partir daí, as coisas começam a ficar interessantes. Você assumirá o papel de Sargon, o mais jovem dessa equipe e também um dos mais talentosos.

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O “tutorial” não “atrasa” a jogatina para ensinar as mecânicas, pois o jogo já inicia com os dois pés na porta, tanto na história quanto na gameplay. Pois aqui, The Lost Crown nos ensina logo no prólogo, de forma bem natural e cativante, prendendo o jogador ao desenrolar da trama.

Por falar em trama, os personagens do jogo são bastante envolventes e carismáticos, girando a história entre eles. Sabe os chamados “plot-twists”? Pois bem, se prepare pois uma jornada de reviravoltas lhe aguarda. No entanto, certos acontecimentos podem confundir os jogadores.

Gameplay, exploração e combate

Como clássico do gênero, a principal proposta do jogo é a sua exploração, fazendo você visitar vários ambientes de forma livre e descobrindo novas barreiras que poderão ser ultrapassados, à medida que você obtém novas habilidades. The Lost Crown faz isso absurdamente bem com mais de 13 diferentes ambientes, sabendo variar as novas áreas que você encontra, colocando diversas mecânicas, cenários lindos e puzzles muito bem construídos para que a locomoção fique bem mais divertida e desafiadora, utilizando das suas capacidades para superar os obstáculos.

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A movimentação de Sargon é ágil, rápida e responsiva, fazendo como se o controle estivesse deslizando em suas mãos. Não à toa, que a desenvolvedora seja especialista nesse estilo de gameplay em jogos de plataforma.

Inovação no gênero

Uma das maiores inovações que esse jogo introduz no gênero é o recurso chamado “Fragmentos de Memória”, em que a qualquer momento da jogatina, ao clicar um botão, ele tira uma foto do local que você esteja e em seguida, esta foto é adicionada no mapa, possibilitando ao jogador que salve a lembrança de determinado item, local ou o que ele deseja guardar pra quando em um momento futuro, retornar e ir mais a frente.

Trilha sonora

A trilha sonora é magnífica e adorei como souberam utilizá-la nos momentos certos com os tons corretos. Ouvir esse jogo com fones de ouvido deixa a experiência dos confrontos mais intensos, especialmente nas batalhas contra bosses, mas também há músicas mais suaves para representar o ambiente em trechos calmos do jogo que inclusive é maravilhosa.

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Combate

O combate é sem dúvidas um de seus pontos mais altos, conseguindo aplicar um equilíbrio entre o desafio e o justo, fazendo com que as lutas com os inimigos não sejam apenas sair esmagando botões, mas muito pelo contrário, ele incentiva que com a fluida e rápida movimentação do protagonista, o jogador busque a variedade de combos a se executar com as armas e poderes disponíveis. É como se estivesse jogando um hack and slash numa câmera 2D. A sensação de dar parry nesse jogo é incrível e gratificante, pois nele, além do aparo comum, temos um tipo de aparo especial que quando o inimigo desferi um golpe, o mesmo brilhará em amarelo e, ao clicar no momento correto, rola uma nova animação de Sargon finalizando o inimigo. Isso também se aplica as bossfights, reduzindo uma grande parcela da vida do chefe.

A inteligência dos oponentes também é de se admirar, pois a qualquer momento você pode deslizar e tomar dano, mesmo em dificuldades menores. Enquanto nas batalhas contra chefes, usa-se tudo o que aprendeu na jornada e põe em prática todo o seu conhecimento adquirido previamente para derrotá-lo. A impressão que fica nessas batalhas é que mesmo percebendo que o chefe é muito veloz e com um moveset bastante agressivo, elas são justas, pois conforme a  luta avança, percebe-se que é possível finalizá-lo em algumas tentativas, talvez até de primeira.

Puzzles e progressão

Os puzzles de The Lost Crown são pensados de uma forma que não deixa o jogador boiando no que fazer por não saber o caminho certo pra prosseguir. O equilíbrio de um quebra-cabeça precisa, ao mesmo tempo, ser criativo e que deixe o jogador empenhado com a ideia de saber resolver aquilo, e a Ubisoft Montpellier soube trabalhar nesse conceito.

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As melhorias do seu personagem como na maioria dos jogos da Ubisoft vem por árvore de habilidades, mas nesse jogo, temos o contrário. Tudo é adquirido pelos Poderes do Tempo para aprimorar sua movimentação, forjando itens no ferreiro, ou encontrando novos objetos na exploração do jogo.

Outra vantagem que melhora a experiência e o nivelamento de Sargon, vem do sistema de amuletos que é bem semelhante ao visto em Hollow Knight, em que cada um deles tem um bônus passivo para seu personagem, variando entre benefícios para o dano causado, defesa, vida e coletáveis. Cada amuleto requer uma certa quantidade de espaços em seu colar que é limitado, fazendo com que esse sistema seja bem utilizado para montar sua build no jogo.

O Brilho de Athra é mais uma das ferramentas essenciais que podem lhe ajudar nos conflitos, adicionando golpes finalizadores que estão disponíveis ao encher barras de athra. Ou seja, cada oponente derrotado, enche uma parcela da barra que ao completá-la, a usa para causar um grande dano.

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Acessibilidade

Pegando o gancho sobre a exploração e o combate, vale destacar e muito, as opções de acessibilidade que o título coloca para jogadores que não tem muita familiaridade ou alguma dificuldade com certos pontos do jogo. Na exploração é apresentado o “Modo Guiado” que exibe no mapa o local do objetivo principal, além das passagens que estão abertas e fechadas. Além disso, as seções com plataformas mais trabalhosas podem ser puladas através de portais. Na dificuldade do jogo, essa configuração também está presente, sendo capaz de alterar a quantidade de dano sofrida, tempo para janela de parry, esquiva e muito mais.

Este é um dos poucos jogos que vejo o treinamento de funções, habilidades e ataques seja realmente recompensador, pois a cada um concluído, obtêm-se uma certa quantidade de Cristais do Tempo (dinheiro). Mas não só isso, como também ensina algumas das grandes possibilidades de combos para o combate.

A duração leva em torno de 20 a 30 horas dependendo do seu estilo de gameplay, porém esse tempo é justificável pela forma que o jogo vai te prender ao explorar o Monte Qaf. O título traz bastante conteúdo  nas diversas missões principais, biomas e nas nove missões paralelas engajantes que ele tem.

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Desempenho e áudio

Sobre a performance, The Lost Crown está incrível. A arte utilizada é muito linda apostando em não ser realista e funciona bem para os cenários e gameplay. Além disso, roda a 60 FPS em todos os Xbox, com exceção do Series X que atinge 120 FPS. Tive impressão que as CGs rodam em quadros diferentes da gameplay mesmo sendo in-game. Em toda a campanha, rodou completamente estável, quase perfeito. Sofri apenas alguns bugs visuais e outros bugs de interações que não aconteciam, creio que em um futuro próximo, novas atualizações corrigirão esse problema.

Infelizmente esse jogo não está com dublagem em Português do Brasil, visto que ultimamente a Ubisoft dá uma atenção especial para o país e quase todos os jogos dela da atualidade estão dublados. No entanto, as legendas em PT-BR estão presentes, facilitando o entendimento.

Gostaria apenas de ter visto alguns bônus ou incentivos que contribuíssem para um fator replay do jogo, como por exemplo um New Game+.

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Terminei a jornada com mais de 39 horas de jogo, 100% de exploração concluída e 1000g na conta (Não precisa de 100% pros 1000g). A lista de conquistas se demonstra bem tranquila, mas recomendo esperar serem lançados alguns tutoriais ou guias pra resolver certos puzzles e missões secundárias para não passar raiva em limpar o mapa.

Vale a pena?

O retorno de Prince of Persia com The Lost Crown foi uma surpresa muito agradável e que recomendo para todos, seja você fã ou não da franquia, um jogador novato ou fã de metroidvania. Afirmo dizer que já é um dos grandes títulos lançados no ano de 2024 e, espero bastante que o jogo coloque Prince of Persia novamente ao topo e mais continuações surjam no futuro.


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Prince of Persia: The Lost Crown
9.0Excelente
Descrição
Após 14 anos sem receber um novo jogo da franquia, Prince of Persia: The Lost Crown tenta trazer uma mistura do que representa a saga entre o jogo original 2D de 1989 e o seu auge nos jogos em 3D.

Positivo

  • Ótima história repleta de plot-twists.
  • Movimentação muito responsiva e rápida.
  • Combate frenético e desafiador que dá gosto de ver.
  • Alta acessibilidade para um novato no gênero.
  • Trilha sonora épica.

Negativo

  • Alguns bugs visuais e de interações.
  • Ausência de New Game+.

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